Casamento



Auto-Retratos – 11 Setembro 2010 – Moimenta da Serra

Planeámos um casamento descontraído e familiar. Só mesmo as pessoas mais próximas, família e amigos. Por isso mesmo, queríamos que as fotografias do casamento fossem também descontraídas, com bom gosto, e que reproduzissem aquilo que a festa foi – feliz, genuína, e com o toque pessoal da família e dos amigos (que nos ajudaram a preparar tudo) reflectido em todos os pormenores. Uma festa despretensiosa e muito, muito especial.

Como tal, pusemos imediatamente de parte os esquemas típicos de fotógrafo de casamento. Nada de sessões intermináveis de pose para fotografias dos noivos com cada par de convidados – cada minuto era para ser aproveitado ao máximo e partilhado com todos. Queríamos ficar com fotografias que traduzissem a essência do casamento e o ambiente da festa.

Por outro lado, certas fotografias são incontornáveis e nós também não queríamos perdê-las, como da noiva com as madrinhas, o noivo com os padrinhos, os pais, os irmãos, e, noutro campo, as fotografias dos próprios convidados que acontece independentemente dos noivos (casais, grupos de amigos, pais e filhos, etc). Não queríamos que ninguém perdesse esta parte também especial. Mas se o fotógrafo se dedica a isso, perde-se tudo o resto – as fotografias espontâneas de conversas, risos, danças, ambientes.

Tivemos a sorte de ter o Fabrice no nosso casamento, e o contributo foi imensurável.

Com a ideia dos auto-retratos, o Fabrice conseguiu proporcionar-nos as duas dimensões de fotografias que queríamos guardar do nosso casamento – as da festa na sua essência, naturais, não-planeadas, que reflectem as cores, as luzes, a boa disposição; e também as fotografias “planeadas”, de grupo, de família, ...
Ao montar o sistema dos auto-retratos, o Fabrice garantiu não só a qualidade da imagem, como também da luz, do fundo, do enquadramento, e garantiu também uma outra dimensão que percebemos depois ser o ingrediente secreto: a genuinidade das fotografias quando, mesmo em pose, são tiradas pelas próprias pessoas. O facto de os próprios fotografados terem o controlo do disparador cria uma liberdade de acção e de expressão que, parecendo o oposto, torna as fotografias espontâneas e autênticas.

A ideia inicialmente pareceu-nos óptima, mas o resultado superou as expectativas.

Ficámos com retratos individuais, de casais, de famílias, de grupos inteiros, de danças, de saltos, fotografias imagináveis e inimagináveis. Todas simplesmente fantásticas.
Joana